Sexta-feira dia 10 foi dia de me deslocar às águas quentes
do Alentejo, mais propriamente a Fronteira.
Tinha combinado com o Rui uma pescaria de 3 dias, 10/11/12.
Foi uma semana muito longa até chegar esta data.
Por volta das 14 horas e depois de muito trabalho a arrumar
tudo, fiz-me ao caminho. O Rui encontrar-se-ia comigo na Loja o Anzol para
tirar as respetivas licenças de concessão. Cheguei um pouco antes dele e fiquei
à conversa com o Sr. Rui e com o Sr. Pedro sobre a actividade maluca que lá se
via. Estava a sair muito peixe durante aquela semana. Entretanto o Rui lá
chegou, e fomos para os pesqueiros. Ficamos no 4.
Já chegamos um pouco tarde, e só deu para uma rápida
engodagem de barco. Eram cerca das 20h e estávamos à pesca. Não estávamos com
grandes expectativas porque não tínhamos tido tempo para muita coisa e contávamos
engodar melhor no sábado de manhã.
Por volta da meia-noite chegou o meu pai com o Jorge e o
João, que por motivos de trabalho tiveram que ir mais tarde.
Ajudamos a montar tudo e fomos dormir, e pensava eu que era
até de manha, mas parece que me enganei. Por volta das 4h uma das canas do Rui
dá sinal de vida. Depois de uma luta bem intensa, chegou a parte mais difícil,
a margem. Estavam cheias de ervas e era quase impossível mete-las no
camaroeiro. Tivemos de usar o barco para a capturar. Estávamos a acabar de a
pesar quando arranca a outra cana dele. Um double
logo na primeira noite, isto prometia!
O resto da noite foi mais calma, e só de manha é que tornou
a haver capturas. Eu consegui uma logo as 6h.
A manhã também foi produtiva, pelo que adiámos a engodagem
para a tarde e por isso mesmo só tornou a haver capturas ao anoitecer.
Estávamos agora na noite de sábado e eu estava quase de
directa, não tinha dormido nada na noite anterior, e só pensava que se não me
saísse peixe não ficava chateado, pois queria mesmo dormir. Foi então que por
volta das 2h da manha acordo com uma algazarra enorme de várias canas a apitar,
pelos visto não tinha ouvido os meus alarmes e tinha uma carpa engatada à quase
uma hora. Conclusão, fios enrolados até dizer chega. O peixe levou fio até ao
pesqueiro 5 onde estavam o Jorge e o João. Contudo consegui levá-la ao tapete,
e foi a maior captura da sessão.
No fim da foto, peixe para a água e volta para a cama,
estava morto de sono. Nem quase tempo tive para fechar os olhos, arranca uma
cana do meu pai no pesqueiro 3, tinha de o ir ajudar pois tava lá sozinho e era
quase impossível fazer uma captura sem ajuda, devido às ervas.
Ao fim de uns bons minutos de luta veio ao tapete o record
do meu pai, ele já merecia. E eu só pensava na minha rica bedchair.
Volto para lá, acabo de me tapar e aconchegar quando arranca
outro peixe na minha cana, estava visto que não me deixavam dormir. Mais uma
enorme luta e veio ao tapete mais uma bela carpa alentejana. Carpa tratada,
fotografada e devolvida e eu, cama!
Consegui dormir mais uma meia hora e arranca mais uma cana
do meu pai, lá me visto à pressa, calço as botas de borracha e vou ajuda-lo.
Mais uma carpa ao tapete e mais um record para o meu pai.
Com o amanhecer acabaram os arranques para mim, mas o Rui continuava
a tirar muito peixe. A última captura foi do Rui, por volta das 14 horas.
Parecia ser muito grande, pois levou quase 100 metros de fio. Lá vamos nos de
barco novamente. Estávamos no meio da barragem a lutar contra o peixe quando
arranca uma das minhas canas. Já não chegamos a tempo e perdia. Não fiquei
muito chateado pois já tinha a sessão ganha.
No total saíram mais de 100 kg de peixe. Foi uma sessão 5
estrelas, com muito peixe. Aprendi muitas coisas, tanto a nível técnico como teórico. Grande obrigado ao Rui.
Deixo-vos com algumas fotos.